quarta-feira, 14 de novembro de 2007

BELTANE




BELTANE
HANDFASTING DOS DEUSES.
Fogueiras de Belenos.

Dia 1 de maio para o Norte e 31 de outubro para o Sul.

O Deus se faz homem e busca a sua complementaridade. É o momento da sedução, é chegado o tempo de se dar e compartilhar com a sua amada as funções da criação. A Deusa está no seu período fértil, ela precisa da semente grão para renovar-se e perpetuar o círculo.

Este é o Sabath mais alegre e festivo das Bruxas (o).
Neste dia, as Bruxas cantam e dançam pela fertilização da Grande Mãe Terra.
São armados duas fogueiras e o caminho da purificação se faz entre elas, no sentido do oito infinito.
Pulam-se as fogueiras, fazendo pedidos aos Deuses para que se livrem de todas as doenças e energias negativas.
Este costume deu origem às fogueiras de São João e o casamento na roça.

Neste sabat, realiza-se uma das mais bonitas tradições, a dança do Maypole , ou dança das fitas. Cada fita deve representar um dos seus desejos de acordo com a cor escolhida. As Bruxas dançam girando em torno do mastro trançando as fitas como se trançassem seus destinos. Formando a teia da vida que também é conhecida como Tarantela, que vem de TARANDULA, uma aranha negra dos Alpes.
E, algumas tradições neste dia, casais se deitam sob árvores ou em palhoças enfeitadas com velas e ervas aromáticas. Tomam banhos afrodisíacos para que sejam fertilizadas como a Deusa.

Na tradição Telucama, escolhe-se um casal do templo que já conviva junto e tenham a intenção de oficializar a união para a representatividade do Handfasting dos Deuses.
Além de ser uma celebração emocionante ´e muito esclarecedora da roda do ano, pois é o Dia da vida renovada. A Grande Mãe está cumprindo a sua missão de renascer, de ser fertilizada para renovar-se.
Celebra-se finalmente o Handfasting dos Deuses.

Graça Azevedo/ Senhora Telucama



SACERDOCIO DE 2007


SACERDOTES DA DEUSA MÃE.

A nossa trilha na história é tão presente e dinâmica, quanto à própria história humana.
E hoje, a nossa religião, a Bruxaria Tradicional, constitui a trajetória da nossa espécie sobre todos os momentos nas diversas civilizações da humanidade.
A nossa espécie no planeta é a representatividade da raça das transformações, pois que, sobrevivemos a todas diversidades culturais. Tendo sempre como propósito maior à preservação do grande útero que nos acolhe, o planeta terra.
No princípio era a “MÂE”. O verbo veio muito depois, em época muito mais recente.
Exato por sermos matriarcais, procuramos fazer deste espaço que habitamos, um lugar melhor para se viver, é uma questão de útero, de preservação da raça humana.
A Mãe Natureza sempre foi Matricêntrica.
O principio MÃE X FILHO forma uma unidade nuclear universal das espécies mamíferas e as sociedades primitivas eram matrifocais por definição.
Sabemos que a paternidade era desconhecida nos primeiros tempos. Os primeiros grupos humanos eram matrifocais e matrilocais.
Em todas as sociedades e em todas as civilizações as mulheres sempre trabalharam mais que os homens. O tempo em que os homens levavam caçando era bem menor que o tempo que as mulheres levavam para fazer coleta de alimentos, cultivá-los e armazená-los. Isso sem falar nas naturais tarefas domestica e a criação dos filhos.
Foram às mulheres que descobriram a arte de plantar grãos férteis que eram colheitas sazonais, e essa prática era feita com as próprias mãos, o que levava um tempo razoavelmente grande. Foi assim que as mulheres se tornaram experientes horticultoras. Só muito tempo depois surgiu à agricultura com maquinas primitivas artesanais.
Assim foi - se desenrolando a vida da raça humana na terra.
Quando os homens resolveram tomar para eles a função da agricultura, as mulheres já tinhas desenvolvido a arte de tecer, o que também lhes ocupava um bom tempo, mas mesmo assim, tinham mais tempo para observar a natureza e interagir com ela, descobrindo através de chás e porções a arte da cura. E seus Deuses primitivos passaram a lhes sinalizar através dos elementos naturais da mãe natureza os caminhos da vida no planeta terra.
Com o passar dos anos cada mulher se tornou uma sacerdotisa em potencial. Pois são elas que através da sensibilidade natural da Deusa interna busca a harmonia do sistema cósmico universal.

Os caminhos da Deusa não têm volta, pois eles nos conduzem para dentro de nós mesmas e vice-versa, formando assim o círculo divino.
É um desafio permanente as tiranias do Ego.

Sentir-se Bruxa é sentir-se pelo avesso, ver invertido. É sentir os olhos no umbigo e o umbigo no coronário.

Sacerdocio na Bruxaria Tradicional.
A Sacerdotisa e o Sacerdote devem primar acima de tudo por desenvolver um papel fundamental, na conscientização de todos que por elas passar, em busca de trilhas sistemáticas a seguir, para encontrar seus Deuses. PRINCIPALMENTE SUA DEUSA INTERIOR.

Os Sacerdotes da deusa Mãe nunca, em nenhuma hipótese devem se sentir, ou deixar que os vejam como líderes religiosos. Mas sim, facilitadores dos caminhos. Mestres.
Devemos insistir na difícil etapa da integridade da Arte no momento. Na transformação do nosso compromisso com a nossa ética e imagem.
Por isso é tão importante estarmos unidos nos MOVIMENTOS que visam impor a Bruxaria como religião de respeito. Na preocupação com o que chamamos "RELIGIÃO SEM DOGMAS", para que essa idéia não se transforme em uma alienação das tradições.

Minha avó, Dona Chica Cruz, costumava dizer que: “Se a lua se permitisse ser vista todos os dias, seus mistérios não seriam mistérios...”.

Graça Azevedo / Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama.

OSTARA

OSTARA
Ostara, o equinócio da Primavera, marca o ponto nodal no giro da roda do ano, quando o poder da LUZ começa a ganhar ascendência sobre o poder das trevas.
O Deus jovem, nascido no YULE, está alcançando sua maturidade enquanto que a Deusa donzela resplandece de beleza e vitalidade, perpertuando a natureza e transformando tudo que toca, por isso a comemoração e as expectativas deste Sabbat é a renovação de esperanças.

Cernunos, o Senhor consorte da criação máxima está com seu vigor em total harmonia com a Deusa Mãe. Os novos brotos estão nascendo e o período do cio está apenas começando. As energias criadas nos Imbolc estão consolidadas para assegurar a fertilidade da Terra e dos animais.
O FESTIVAL DE OSTARA, marca a fase equilibrada das forças: Masculina e feminina, em harmonia exata, simbiótica, em perfeito êxtase. É a plenitude das espécies.
O FESTIVAL DE OSTARA, simboliza o casamento do Deus e da Deusa. Marca o inicio do plantio, tanto físico como o espiritual. É o momento de plantarmos nossos desejos e regá-los com muita dedicação, determinação e responsabilidade para que floresçam fortes e saudáveis,e que seus frutos nos traga a renovação de uma boa safra.
O OSTARA É RENASCIMENTO. É um rito de fertilidade que é representado pelo ovo. São as energias geradas pelo recolhimento do Inverno que gera o renascimento, com o despertar da LUZ, assim geramos ovos, geramos vida nova.
A lebre e a Coelha são os animais representativos desta celebração, pela energia acentuada da fertilização que carregam.
A Tradição de pintar ovos remonta é de origem Celta que marcou em todo o mundo como símbolo de fertilidade.
A Deusa homenageada é a DEUSA EOSTER. Deusa germânica da fertilidade, da agricultura e da primavera.
"...uma ponte de arco-íris surgiu, EOSTER veio com seu vestido vermelho de quente vibrante luz do sol e derreteu a neve. A Primavera chegou... "
Assim a DEUS EOSTER, entra na nossa vida trazendo a LUZ DA RENOVAÇÃO, e derretendo todos os sentimentos e emoções que não nos servem mais. é o momento de crer nas suas reais possibilidades e deixar-se expandir. Só a EXPANSÃO DO SER CONSCIENTE PROMOVE O CRESCIMENTO.
Nós da TRADIÇÃO TELUCAMA, vibramos intensamente com as nossas ancestrais neste momento de renovação com a alma transbordando de alegria, entusiasmo e muito amor.
" TODAS AS VEZES QUE O SOL NASCE, O MILAGRE DA VIDA É RENOVADO PARA QUE TODOS VEJAM..."
Em cada OSTARA CRIAMOS NOVAS POSSIBILIDADES, POIS COMPREENDEMOS QUE O PASSADO JÁ PASSOU E O FUTURO DEPENDE DO QUE VAMOS ESCREVER HOJE PARA QUE ELE ACONTEÇA RADIANTE DE LUZ.
AMO VOCÊS POR EXISTIREM NA MINHA VIDA!
Graça Azevedo / Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama