sábado, 8 de outubro de 2011

RITOS DE PASSAGEM NA BRUXARIA TRADICIONAL




               A MULHER EM SIMBIÓSE COM A DEUSA MÃE.
                                                
                                                       

Quando buscamos instalar, ou mesmo descobrir a Deusa em nós mulheres, estamos simplesmente redimensionando o nosso PODER DO FEMININO.
Quando descobrimos a sedução da religião da Grande Arte da Magia, neste momento exato como um clic mágico, o nosso FEMININO adormecido há mais de dois mil anos, por uma infinidade de motivos tais como: condicionamento cultural, religioso, preconceitos diversos, falta de conhecimento histórica da trajetória humana na terra, etc. Manifesta-se de forma “uterina”.
O despertar da Deusa em nós se dá geralmente nos impulsionando para a grande descoberta que é: SER MULHER.
Nós Bruxas Tradicionais, buscamos tão semente resgatar o poder do feminino, mas principalmente celebrar de forma plena esse processo através de vários rituais. Sendo muito fortes e emocionantes os RITOS DE PASSAGEM:
                                                        
                                                       
RITO DO DEBBYS DOBHYS.

Esse é o rito de celebração do nascimento das crianças do Clã, quando elas são consagradas aos Deuses, apresentadas aos elementos da Natureza e entregues aos guardiões da Tradição.
No ritual de celebração de Debbys Dobhys escolhem-se o casal que apadrinhará a criança na vida, tendo esse a partir de então, a responsabilidade de lhe orientar acompanhar o desenvolvimento pessoal.
   
                                                            

RITO DE PASSAGEM NA PUBERDADE:

Obviamente que cada Tradição desenvolveu seus ritos com peculiaridades inerentes a origem histórica e regional de cada Clã.
Esses ritos nos levam a celebrar os momentos mais sagrados para a mulher. Quando seu sangue da vida desce, lhe permitindo cumprir a sua missão da maternidade. Sua entrada no mundo do sagrado feminino deixando de ser criança. Nesse momento a iniciação se dá a partir da compreensão das suas mudanças naturais, e do seu corpo principalmente. Os cuidados necessários, criando hábitos saudáveis de preservação. Compreender a natural sexualidade e sensualidade feminina bem como a responsabilidade para com esse fenômeno da natureza. A preservação da função sagrada da maternidade antes do tempo de maturação real do corpo, do espírito e da mente.
                                                        
                                                           
RITO DE PASSAGEM DA MATURIDADE: (MATURAÇÃO DA ALMA).

Neste rito celebramos a maturação feminina, quando ela se sente preparada para a maternidade. Quando se sintoniza em definitivo com a sua Deusa Interior. Quando suas trilhas pessoais já têm definição, pelo menos diretriz; seja emocional, profissional e de fé.
É o seu tempo da grande lua. Quando seu sangue sagrado não corre, ela está gerando a luz. Perpetuando a raça humana. Quando seu sangue sagrado desce está gestando a si mesma, é tempo de limpeza e interiorização.
Menstruar é gestar a deusa em nós.
                                                                
RITO DE PASSAGEM PELA PONTE DA MENOR PAUSA.

Celebramos este rito quando cessa a correnteza do rio sagrado do sangue da vida. Quando ele já cumpriu sua missão, e finalmente desembocou no oceano infinito de ser.
É quando entramos na trilha da minguante e nos aquietamos diante da sabedoria da Deusa anciã. Buscando agora usufruir a paisagem da própria essência.
                                                        

RITO DE PASSAGEM DAS PEDRAS DO CAMINHO, OU KALYBUTTH POR FALECIMENTO.

Esse rito é celebrado por ocasião de morte de entes queridos: marido, pais, avós, filhos, irmãos e Sacerdotes (a). Por divorcio ou separação definitiva. Por cura de alguma doença, e por mudança radical de vida.

Buscamos através desses ritos, reverenciar não só a mulher em simbiose com a Deusa Mãe, mas também reverenciar as forças naturais da criação: Deuses: PAI E MÃE, TRADIÇÕES E ELEMENTOS:

O pai AR, que nos promove a vida nos renovando a cada inspiração e respiração em sopro divino nos sintonizando com o TODO.

A mãe TERRA, quando nos entregamos, e sentimos seu coração pulsar em ritmo harmônico com os nossos corações promovendo a vida, e nos aconchegando quando retornamos ao seu útero sagrado.

A avó ÁGUA, que nos ensina a fluidez, a força da transformação. Que nos permite irmos ao fundo de nós mesmas em mergulho profundo de alma até o âmago do nosso Ego para emergirmos mais fortes e verdadeiros (a), sem cairmos mais nas armadilhas do próprio ego.

Ao avô Fogo, que nos conduz a coragem de banirmos dos nossos caminhos o que não nos serve mais. Restabelecendo assim a harmonia, a força e a garra de viver em PAZ, mesmo que para isso tenhamos que recomeçar muitas vezes, assim como Fênix, que está sempre ressurgindo do fogo.
                                                      
                                                            
Assim, esse é o nosso dia a dia, celebrar a vida. Fazer dos RITOS DE PASSAGEM, a consagração dos Deuses em nós.
                                                            
Graça Azevedo / Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama


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